quinta-feira, 12 de março de 2009

O VALOR DE UMA MULHER!



O Talmud é um livro onde se encontram condensados todos os depoimentos, ditados e frases pronunciadas pelos Rabinos através dos tempos. Um deles termina assim:

“Cuida-te quando fizeres chorar uma mulher, pois Deus conta as suas lágrimas. A mulher foi feita da costela do homem, não dos pés para ser pisada, nem da cabeça para ser superior, mas sim do lado, para ser igual, debaixo do braço, para ser protegida e do lado do coração, para ser AMADA.“

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Carta de um filho a todos os pais do mundo



Não me dês tudo o que te peço. Às vezes peço apenas para saber qual é o máximo que posso obter.

Não me grites. Respeito-te menos quando fazes isso; e ensinas-me a gritar também. E eu não quero fazê-lo.

Não me dês sempre ordens. Se em vez de dares ordens, às vezes me pedisses as coisas com um sorriso, eu faria tudo muito mais depressa e com gosto.

Cumpre as promessas, boas ou más. Se me prometeres um prémio, dá-o; mas faz o mesmo se for um castigo.

Não me compares com ninguém, especialmente com o meu irmão ou com a minha irmã. Se me fizeres sentir melhor que os outros, alguém irá sofrer; e se me fizeres sentir pior que os outros, serei eu a sofrer.

Não mudes tão frequentemente de opinião acerca daquilo que devo fazer. Decide, e depois mantém essa decisão.

Deixa-me desembaraçar sozinho. Se fizeres tudo por mim, eu nunca poderei aprender.

Não digas mentiras à minha frente, nem me peças que as diga por ti, mesmo que seja para te livrar de um sarilho. Fazes com que me sinta mal e perca a fé naquilo que me dizes.

Quando eu fizer alguma coisa mal, não me exijas que te diga a razão por que o fiz. Às vezes nem eu mesmo sei.

Quando estiveres errado em algo, admite-o e será melhor a opinião que eu terei de ti. Assim ensinar-me-ás a admitir os meus erros também.

Trata-me com a mesma amabilidade e cordialidade com que tratas os teus amigos. Lá por sermos família não quer dizer que não possamos ser também amigos.

Não me digas para fazer uma coisa que tu não fazes. Eu aprenderei aquilo que tu fizeres, ainda que não me digas para fazer o mesmo; mas nunca farei o que tu me aconselhas e não fazes.

Quando te contar um problema meu, não me digas «não tenho tempo para tolices», ou «isso não tem importância». Tenta compreender-me e ajudar-me.

E gosta de mim. E diz-me que gostas de mim. Agrada-me ouvir-te dizer isso, mesmo que tu não aches necessário dizê-lo.

(autor desconhecido)

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Acerca da morte


Nas suas últimas horas de vida, os computadores do mundo inteiro, transmitiam este texto via internet onde Gabriel Garcia Marquez, consciente que vivia os seus últimos dias, falou acerca da morte.


"Se, por um instante, Deus se esquecesse de que sou uma marioneta de trapos e me presenteasse com um pedaço de vida, possivelmente não diria tudo o que penso, mas, certamente, pensaria tudo o que digo.
Daria valor às coisas, não pelo que valem, mas pelo que significam.
Dormiria pouco, sonharia mais, pois sei que a cada minuto que fechamos os olhos, perdemos sessenta segundos de luz.
Andaria quando os demais parassem, acordaria quando os outros dormem.
Escutaria quando os outros falassem e gozaria um bom gelado de chocolate.
Se Deus me presenteasse com um pedaço de vida, vestia-me simplesmente, atirava-me de bruços ao chão, deixando a descoberto não apenas o meu corpo, como também a minha alma.
Deus meu, se eu tivesse um coração, escreveria o meu ódio sobre o gelo e esperaria que o sol saísse para o derreter.
Regaria as rosas com as minhas lágrimas para sentir a dor dos espinhos e o encarnado beijo das suas pétalas.
Deus meu, se eu tivesse um pedaço de vida... Não deixaria passar um só dia sem dizer às pessoas – amo-te, amo-te.
Aos homens, provava-lhes como estão enganados ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saber que envelhecem quando deixam de se apaixonar.
A uma criança, dava-lhe asas, mas deixaria que aprendesse a voar sozinha.
Aos velhos, ensinaria que a morte não chega com a velhice, mas com o esquecimento.
Tantas coisas aprendi convosco, os homens...
Aprendi que toda a gente quer viver no cimo da montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a escarpa.
Aprendi que quando um recém-nascido aperta com a sua pequena mão pela primeira vez o dedo do seu pai, o tem prisioneiro para sempre.
Aprendi que um homem só tem o direito de olhar um outro de cima para baixo para ajudá-lo a levantar-se.
São tantas as coisas que pude aprender convosco, mas, no final, não poderão servir de muito porque quando me olharem dentro desse computador, infelizmente estarei morto."



Gabriel Garcia Marquez

Cativar...


(...)
Foi então que apareceu a raposa.
- Olá, bom dia! - disse a raposa.
- Olá, bom dia! - respondeu delicadamente o principezinho que se voltou mas não viu ninguém.

- Estou aqui - disse a voz - debaixo da macieira.
- Quem és tu? - perguntou o principezinho.
- És bem bonita...
- Sou uma raposa - disse a raposa.
(...)
- Anda brincar comigo - pediu-lhe o principezinho.
- Estou triste...
- Não posso ir brincar contigo - disse a raposa.
- Ainda ninguém me cativou...

(...)
- O que é que quer dizer "cativar"- disse o principezinho?
- É uma coisa de que toda a gente se esqueceu, disse a raposa, Significa “criar laços…”
- Criar laços?
- Isso mesmo, disse a raposa. Para mim, não passas por enquanto, de um rapazinho em tudo igual a cem mil rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu não precisas de mim. Para ti, não passo de uma raposa igual a cem mil raposas. Mas, se me cativares, precisaremos um do outro. Serás para mim único no mundo. Serei única no mundo para ti…
(...)

Mas a raposa voltou a insistir na sua ideia:

- Levo uma vida monótona. Eu caço as galinhas e os homens caçam-me a mim. Todas as galinhas são iguais e todos os homens são iguais. Por isso me aborreço um pouco. Mas, se tu me cativares, será como se o Sol iluminasse a minha vida. Distinguirei, de todos os passos, um novo ruído de passos. Os outros passos fazem-me esconder debaixo da terra. Os teus hão-de atrair-me para fora da toca, como música. E depois, olha! Vês, lá adiante, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me dizem nada. E é triste! Mas os teus cabelos são cor cor de oiro. Por isso, quando me tiveres cativado, vai ser maravilhoso. Como o trigo é doirado, fará lembrar-me de ti. E hei-de amar o barulho do vento através do trigo…

A raposa calou-se e olhou por muito tempo o principezinho.
- Cativa-me, por favor, disse ela.

(...)
- Como é que hei-de fazer?, disse o principezinho?
- Tens de ter muita paciência, respondeu a raposa.Primeiro,sentas-te um pouco afastado de mim, assim, na relva. Eu olho para ti pelo cantinho do olho e tu não dizes nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, de dia para dia, podes sentar-te cada vez mais perto…
No dia seguinte, o principezinho voltou.

(...)
Foi assim que o principezinho cativou a raposa. E quando se aproximou a hora da partida:

- Ah! disse a raposa… Vou chorar.
- A culpa é tua, disse o principezinho,não queria que te acontecesse mal; mas tu quiseste que eu te cativasse…
- É certo, disse a raposa.
- Mas vais chorar!, disse o principezinho.
- É certo, disse a raposa.
- Então não ganhas nada com isso!
-Ganho, sim, disse a raposa, por causa da cor do trigo.

(...)
E voltando para junto da raposa:

-Adeus, disse ele.
-Adeus, disse a raposa. Vou dizer-te um segredo. É muito simples: Só se vê bem com o coração. O essencial é invísivel para os olhos.
-O essencial é invísivel para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se recordar.

-Foi o tempo que perdeste com a tua rosa que tornou a tua rosa tão importante.
-Foi o tempo que perdi com a minha rosa… repetiu o principezinho, a fim de se recordar.
-Os homens esqueceram esta verdade. Mas tu não deves esquecê-la. Ficas para sempre responsável por aquele que cativaste. És responsável pela tua rosa
-Sou responsável pela minha rosa, repetiu o principezinho a fim de se recordar.


(O Principezinho - Antoine de Saint-Exupéry)

domingo, 25 de janeiro de 2009

sábado, 17 de janeiro de 2009

sábado, 10 de janeiro de 2009

SAWABONA - Sobre estar sozinho –

Não foi apenas o avanço tecnológico que marcou o início deste milénio. As relações afectivas também estão a passar por profundas transformações e a revolucionar o conceito de amor.
O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.
A ideia de uma pessoa ser o remédio para a nossa felicidade, que nasceu com o romantismo, está fadada a desaparecer neste início de século. O amor romântico parte da premissa de que somos uma fracção e precisamos encontrar a nossa outra metade para nos sentirmos completos.
Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher. Ela abandona as suas características, para se amalgamar ao projecto masculino.
A teoria da ligação entre opostos também vem dessa raiz: O outro tem de saber fazer o que eu não sei. Se sou calmo, ele deve ser agressivo, e assim por diante. Uma ideia prática de sobrevivência, e pouco romântica, por sinal.
A palavra de ordem deste século é parceria. Estamos trocando o amor de necessidade, pelo amor de desejo. Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente.
Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão a perder o pavor de ficar sozinhas, e a aprender a conviver melhor consigo mesmas. Elas estão começando a perceber que se sentem fracção, mas são inteiras.
O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma fracção. Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma. É apenas um companheiro de viagem.
O homem é um animal que vai mudando o mundo, e depois tem de ir se reciclando, para se adaptar ao mundo que fabricou.
Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo. O egoísta não tem energia própria; ele alimenta-se da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral.
A nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado.
Visa a aproximação de dois inteiros, e não a união de duas metades.
E ela só é possível para aqueles que conseguirem trabalhar a sua individualidade.
Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afectiva.
A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à pessoa.
As boas relações afectivas são óptimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem.
Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado. Cada cérebro é único. O nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém.
Muitas vezes, pensamos que o outro é a nossa alma gémea e, na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto.
Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir a sua força pessoal.
Na solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo, e não a partir do outro.
Ao perceber isso, ele torna-se menos crítico e mais compreensivo em relação às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.
O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável. Nesse tipo de ligação, há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado.
Nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo...

PS: Caso tenha ficado curioso em saber o significado de SAWABONA, é um cumprimento usado no sul de África e quer dizer "EU RESPEITO-TE, EU VALORIZO-TE, TU ÉS IMPORTANTE PARA MIM."
Em resposta as pessoas dizem SHIKOBA, que é "ENTÃO, EU EXISTO PARA TI."

(Flávio Gikovate, médico psicoterapeuta)

A importância da interacção social no desenvolvimento humano

A ideia de vivermos sozinhos no mundo, isolados, é horrível para a maioria de nós, seres humanos. Somos seres sociais por excelência, criaturas que se agrupam, dependem umas das outras, física e psicologicamente, durante toda a vida. Um relacionamento íntimo com outros seres humanos parece ser uma necessidade à sobrevivência e ao bem-estar.

Desde o início o bebé é sociável. De alguma forma ele já está pré-adaptado a orientar-se para a pessoa que cuida dele, que satisfaz as suas necessidades físicas e lhe proporciona a estimulação sensorial e social que o converterá numa pessoa que percebe, comunica e pensa ajustada à cultura onde está inserida.

A vida humana é inevitavelmente uma vida grupal.

Os povos de todas as regiões do mundo formam sociedades que influenciam quase tudo em seu redor.
Todos os seres humanos vivem em sociedade e desenvolvem-se em função dela. As sociedades dos homens diferem entre si, mas existem características que predominam em todas elas, tais como :

O Trabalho – Em todas as sociedades os homens empenham-se no trabalho utilizando ferramentas e desenvolvendo habilidades específicas. Em todas as sociedades os homens têm que prover alimentos, abrigo e roupa.

A Dança e o Canto – Todas as sociedades desenvolvem actividades recreativas, tais como a dança e o canto, enfeitando-se e criando objectos de arte.

Valores Éticos – Todas as sociedades agem em termos de certo e errado, sendo a educação desenvolvida em função desses valores. Todas as sociedades formulam teorias e crenças sobre a constituição do Mundo e sobre a sua própria História.

Educação – Todas as sociedades possuem um sistema de educação, através do qual as crianças e os jovens aprendem as práticas, as habilidades e as crenças da sociedade.

Todas estas actividades, desenvolvidas e perpetuadas de geração em geração, só são possíveis graças à linguagem e aos diferentes meios de comunicação que as sociedades criam e utilizam, em função das suas características particulares.

É evidente que todas estas características da sociedade só são possíveis devido aos factos psicológicos, na medida em que são os seres humanos, individualmente que criam, que fazem os instrumentos e as regras. Mas sendo produto da criação individual são porém apropriados pelo todo social.

Os seres humanos têm necessidade de criar normas sociais de modo a orientar e regular o comportamento dentro dos grupos ou sociedade. Cada grupo a que pertencemos tem os seus próprios padrões. Por exemplo, em família pode-se falar de determinada maneira e evitar certos tópicos enquanto que com os amigos se pode seguir um código completamente diferente.

As normas sociais podem ser imposições, padrões de referência e regras existentes no grupo. Embora muitas vezes não tenhamos consciência disso, elas normas têm poderosos efeitos no comportamento.

Em quase todos os encontros sociais, encontramos expectativas partilhadas sobre o que fazer, dizer, pensar e até sentir.

Por exemplo, tiramos apontamentos nas aulas, mas não em festas ou em jogos de futebol.

O homem, ao agir, fá-lo no meio de outros homens que podem manifestar aprovação ou reprovação em relação à sua conduta.

Os modelos sociais estabelecem limites à conduta dos indivíduos, exigindo uma certa conformidade com as normas impostas pela sociedade, mas funcionando como se a vontade de agir para com os outros partisse da iniciativa pessoal. É assim que os modelos sociais, tendo origem no exterior, devem ser considerados interiores à personalidade do indivíduo.

Os padrões relativos à linguagem e à conduta são aceites de forma tão comum pelos membros de uma cultura que parecem naturais e espontâneos, sendo verdadeiramente adquiridos pela educação.

Os seres humanos estão sujeitos a sentir-se intensamente constrangidos quando violam regras, mesmo que as convenções sejam triviais e possam custar muito honrá-las.

Por exemplo, se um indivíduo estiver nu pode achar difícil correr para fora de casa para escapar a um incêndio.

O homem, enquanto ser individual é o resultado de uma série de transformações. O homem evolui a nível das estruturas e capacidades físicas e mentais.

Todo o ser humano apresenta uma estrutura, um potencial que lhe permite captar e reagir à condições sociais e desenvolver relações interpessoais.

Os homens quando interagem uns com os outros, produzem mudanças fundamentais, em si mesmos e nos outros com quem interagem.

O homem transforma-se em ser humano, através dos encontros que mantém com os outros seres humanos.

O homem é um ser com uma grande extensão do campo psicológico, o que lhe permite obter uma série de transformações quer perceptivas quer cognitivas.

Os homens, ao contrário de muitos animais, não são dominados, exclusivamente, pelas necessidades do momento. O homem pode olhar para o passado e para o futuro e estabelecer relações causais, em função das experiências passadas, e antecipar as consequências das suas acções futuras.

O homem torna-se um ser consciente que percebe, pensa e sente a sua vida interior. O homem assume atitudes perante si mesmo, controlando as suas acções e tendências.

Estes factos têm consequências profundas para as relações interpessoais.

O homem possui um campo mental com um extenso horizonte, o que torna possível relações diversificadas e duradouras.

O desenvolvimento da estrutura cognitiva do homem permite a integração de uma elevada extensão de conhecimentos, interligados entre si e estruturados de forma ordenada, o que permite estabelecer uma certa unidade ás suas acções, aos seus pensamentos e às suas relações com os outros.


RESUMINDO:

A interacção social é extremamente importante para o desenvolvimento humano e a formação do Eu na medida em que:

• É através dela que o ser se transforma em Humano, que adquire as características comportamentais e psicológicas que o identificam como Homem.

• É através da interacção que o ser desenvolve as suas capacidades mentais, a sua estrutura física e os seus sentimentos.

• É através da interacção que o homem aprende as normas e as regras da sociedade

• É através do processo de interacção que o homem desenvolve sistemas de motivações cada vez mais completas e se projecta no futuro.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

OS DIREITOS ASSERTIVOS



São um conjunto de direitos que permitem a cada um de nós sermos nós próprios, agir e expressarmo-nos como nós próprios, perante os outros, sem distinções de cor, sexo, idade ou estatuto social. É importante considerar que os direitos vêm definidos em termos abstractos, e que deverão ser particularizados de acordo com as nossas situações individuais.
Não é obrigatório concordarmos com todos eles, a listagem constitui apenas um auxiliar para cada um de nós construir o seu “guia de acção” na comunicação assertiva. Mas ao fazê-lo teremos obrigatoriamente que aceitar que não são direitos exclusivamente nossos mas sim aplicáveis a todas as pessoas com quem interagimos.
Não podemos defender direitos sem aceitar a responsabilidade que lhes é inerente, a de defender os nossos direitos considerando sempre os direitos dos outros.

•Eu tenho o direito de ser respeitado e tratado de igual para igual, qualquer que seja o papel que desempenho ou o meu status social.

•Eu tenho o direito de manter os meus próprios valores, desde que eles respeitem os direitos dos outros.

•Eu tenho o direito de expressar os meus sentimentos e opiniões.

•Eu tenho o direito de expressar as minhas necessidades e pedir o que quero.

•Eu tenho o direito de dizer NÃO e não me sentir culpado por isso.

•Eu tenho o direito de pedir ajuda e de escolher se quero prestar ajuda a alguém.

•Eu tenho o direito de me sentir bem comigo próprio sem sentir necessidade de me justificar perante os outros.

•Eu tenho o direito de mudar de opinião.

•Eu tenho o direito de pensar antes de agir ou tomar uma decisão.

•Eu tenho o direito de dizer “Eu não estou a perceber” e pedir que me esclareçam ou ajudem.

•Eu tenho o direito de cometer erros sem me sentir culpado.

•Eu tenho o direito de fixar os meus próprios objectivos de vida e lutar para que as minhas expectativas sejam realizadas, desde que respeite os direitos dos outros.

ASSERTIVIDADE - FAZER UM PEDIDO

Passos para realizar um pedido de forma assertiva:

1. Chame a pessoa pelo seu nome.
2. Expresse o seu pedido claramente.
3. Explique as razões.
4. Convide a pessoa a fazer comentários.
5. Pergunte se necessita de algo para cumprir o pedido.
6. Acorde os detalhes (ex.para quando necessitará aquilo que pediu).

Exemplo:
(1) Ana,
(2) Necessito que me faças um relatório de vendas de 2007.
(3) A Direcção solicitou-me o relatório para uma reunião de amanhã e eu estarei fora todo o dia.
(4) Que te parece?
(5) Avisa-me se necessitares de ajuda ou alguma informação.
(6) Por favor, envia-mo por e-mail antes das 10horas.